A China vivenciou seu verão mais quente já registrado em 2025. 03/09/2025

Uma mulher segurando um guarda-chuva para se proteger do sol caminha por uma rua em Pequim em 23 de junho de 2025. Moradores de Pequim buscaram sombra e se refrescaram nos canais em 23 de junho, enquanto a capital chinesa sofria em seu dia mais quente do ano até então. (WANG Zhao). WANG Zhao/AFP/AFP

Por AFP - Agence France Presse

A China vivenciou seu verão mais quente já registrado em 2025

A China vivenciou seu verão mais quente já registrado em 2025, informou a autoridade meteorológica, enquanto ondas de calor continuavam a atingir o sul do país.

As temperaturas em todo o mundo dispararam nos últimos anos, à medida que as mudanças climáticas induzidas pelo homem criam padrões climáticos cada vez mais erráticos, com o Reino Unido, o Japão e a Coreia do Sul também relatando calor recorde neste verão.

De junho a agosto, "grandes partes da China experimentaram calor intenso, com a temperatura média nacional atingindo 22,31°C", o verão mais quente desde o início dos registros em 1961, informou a Administração Meteorológica da China (CMA) em uma publicação nas redes sociais na noite de segunda-feira.

As temperaturas na capital, Pequim, chegaram a quase 40°C em junho, e as autoridades alertaram em julho sobre os riscos à saúde relacionados ao calor em grandes áreas do leste da China.

As autoridades de Xangai disseram que a cidade sofreu com o calor intenso durante 27 dias, com temperaturas acima de 35°C em agosto, o maior número desde o início dos registros.

De acordo com a CMA, sistemas climáticos de alta pressão mais fortes contribuíram para céus mais limpos e maior exposição ao calor do sol em todo o país este ano.

A CMA afirmou que, embora partes da China experimentem um breve alívio do calor escaldante no meio da semana, cidades como Xangai verão máximas diárias acima de 35°C novamente até o final da semana.

- Inundações mortais -

O verão do ano passado também foi recorde na China, com a temperatura máxima em 22,30°C.

Globalmente, 2024 foi o ano mais quente já registrado, de acordo com a Organização Meteorológica Mundial.

Este ano não parece que vai dar trégua ao calor — nesta semana, autoridades do Japão, Coreia do Sul e Reino Unido também anunciaram temperaturas médias recordes no verão.

O aquecimento global, impulsionado em grande parte pela queima de combustíveis fósseis, não se deve apenas ao aumento das temperaturas, mas ao efeito cascata de todo o calor extra na atmosfera e nos mares.

O ar mais quente pode reter mais vapor d'água, e oceanos mais quentes significam maior evaporação, resultando em chuvas e tempestades mais intensas.

Fortes chuvas atingiram a China neste verão, com as inundações e deslizamentos de terra resultantes, matando dezenas.

Pelo menos 44 pessoas morreram nos subúrbios rurais da capital Pequim, depois que inundações submergiram casas em julho.

Na normalmente árida Mongólia Interior, turistas em um acampamento foram arrastados por uma enchente repentina em agosto, que matou pelo menos nove pessoas.

A China é a maior produtora mundial de dióxido de carbono, um potente gás de efeito estufa, embora tenha prometido atingir o pico de suas emissões até o final desta década e zerá-las até 2060.

O país também emergiu como líder global em energia renovável nos últimos anos, buscando redirecionar sua enorme economia para longe do consumo altamente poluente de carvão.

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