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A quebra de paradigmas começa quando a mudança acontece dentro de nós... 11/08/2024

  • Foto do escritor: Ana Cunha-Busch
    Ana Cunha-Busch
  • 10 de ago. de 2024
  • 4 min de leitura

Imagem: Mãos das mulheres no coletivo Córrego da Tiririca
Imagem: Mãos das mulheres no coletivo Córrego da Tiririca


"Coletivos - unidos para trazer a natureza de volta à comunidade urbana"A utopia está lá no horizonte. Eu dou dois passos para perto, ela se afasta dois passos. Eu ando dez passos e o horizonte corre dez passos. Não importa o quanto eu ande, nunca a alcançarei. Para que serve uma utopia? É para isso que ela serve, para que eu não pare de andar."- Fernando Birri, citado por Eduardo Galeano em "Las palabras andantes?", de Eduardo Galeano.por Eduardo Galeano, publicado pela Siglo XXI, 1994."



A quebra de paradigmas começa quando a mudança acontece dentro de nós...




Para começar: há esperança para nós, seres humanos?


O século XXI. O milênio virou o mundo como o conhecíamos antes da pandemia não existir mais. Mas, afinal de contas, o que há de novo aqui? As esperanças de um mundo melhor pós-pandemia se dissolveram em apenas alguns anos. Agora estamos vivendo uma emergência climática global. Primavera com tornados no Caribe. Inundações intermináveis no outono nas planícies do bioma pampa.

E a dança continua... O mais terrível (sobre as enchentes, os ventos e o resto) é saber que esses fenômenos podem acontecer com mais frequência e que não estamos preparados. Por outro lado, o nível de consciência planetária está crescendo. Para nós, moradores urbanos, muitas vezes projetamos modelos ideais de relacionamento entre o homem e a natureza em outras organizações sociais. Essas comunidades, sejam elas caiçaras, indígenas, quilombolas ou outras, são vistas como práticas vivas de uma relação harmônica entre o homem e a natureza. O que há de tão diferente nesses grupos sociais?

Longe de representarem relíquias in vivo de um mundo antigo, eles oferecem uma reflexão real sobre nossa relação com o mundo. Eles certamente contribuirão ativamente para a mudança de paradigma de que nós, a sociedade globalizada, tanto precisamos.



1. A Boa Vida

A filosofia da Boa Vida concentra-se em pertencer à natureza e em um senso de coletividade. Os seres humanos não estão de um lado e a natureza do outro; somos uma parte inseparável e interdependente.

 Sob a perspectiva do Buen Vivir, a natureza não é um objeto; não é uma fonte de recursos e matérias-primas. A natureza não é um insumo, muito menos uma mercadoria. A natureza é um ser vivo. Nós, humanos, somos apenas uma parte da natureza. Se ela faz parte de nós, nós cuidamos dela. Colocada em prática, a filosofia do Bem Viver pressupõe maior participação popular na tomada de decisões. Assim, o senhor pode ver possíveis formas de reduzir a pobreza, capacitar as pessoas e gerar bem-estar. Tomar decisões coletivas, por consenso. Trata-se de trazer igualdade entre as pessoas. A conservação ambiental passa necessariamente pela eliminação da pobreza. Se o senhor não tem o mínimo, como pode pensar no resto?



2. Todos nós temos direito a um meio ambiente equilibrado

A eliminação da pobreza exige um sistema de solidariedade, coletividade, de pensar em conjunto.

O segredo da vida em comunidade está na compreensão do inter-ser - que o homem e a natureza são interdependentes. Por meio da vida em comunidade, recuperamos esse pertencimento todos os dias. Essas são histórias e conhecimento. Ao entender que somos a natureza, mantemos viva a lógica da cooperação.


Essa cooperação vai além da monetização das funções sociais nas cidades. É apenas fazer o que precisa ser feito. É tão simples quanto isso.


Quando fazemos algo para o bem-estar coletivo, nasce a ideia de voluntariado. Fazer algo porque o senhor gosta, porque é importante. Fazer pelo todo.


O voluntariado é bom para o senhor, para o sentimento de realização, de viver bem. O voluntariado só faz sentido dessa forma, em termos de solidariedade. O voluntariado como trabalho gratuito para o capitalismo é trabalho gratuito.


Quando um grupo de voluntários se reúne em torno de uma causa que é valiosa para todos, nasce um coletivo.



3. Onde encontrar a ação coletiva?

Quebrando paradigmas, novas perspectivas. Mas e quanto à prática? Onde aparecem as ações locais? Vamos começar pelo litoral brasileiro - entre a Bahia e o Rio de Janeiro. Coletivos que atuam na região oceânica de Niterói estão trabalhando para preservar e restaurar a qualidade dos ambientes e de seus habitantes ao redor da lagoa. Saiba mais sobre a missão de alguns desses coletivos ou ONGs (com detalhes de contato):


Rio de Janeiro - Resgatando a dignidade de um córrego urbano - agrofloresta


As práticas agroecológicas incorporam uma variedade de dinâmicas e formas de se relacionar, habitar e sentir o mundo natural. A recuperação da faixa marginal de um contribuinte da lagoa de Itaipu é o início de um processo de recuperação da qualidade da água da lagoa.


A intervenção está sendo realizada por meio da agricultura sintrópica, uma técnica que respeita a dinâmica da própria natureza e trabalha com gente, muita gente, plantando tudo junto.


Saiba mais em @corregodatiririca



Espírito Santo - Cuidando dos ribeirinhos - ações de divulgação baseadas no cuidado com o rio

A SAPI - Sociedade Amigos de Itaúnas - é uma ONG socioambiental que trabalha em prol da paisagem natural, do patrimônio histórico e cultural da região de Itaúnas, uma vila de pescadores no litoral norte do Espírito Santo, e das riquezas naturais da bacia hidrográfica que deságua no oceano próximo à vila - o Rio Itaúnas.


Em uma região com muitos conflitos socioambientais, é preciso agir.




Articulando meio ambiente e cidadania - Grupo Gambá Bahia


Atuando há mais de 40 anos principalmente na região da Mata Atlântica da Bahia, o grupo Gambé monitora e propõe políticas públicas, promove a educação ambiental, atua na conservação de ecossistemas e realiza negócios socioambientais.


Contato: @gambabahia




4. Seja o único a semear o novo

É hora de pensar em uma sociedade com mais alegria e respeito mútuo. A felicidade nas pequenas coisas é possível. Pesquise, invente. O momento é agora. Porque juntos podemos fazer a diferença!



5. Sugestões de leitura


Artigo - Coletivo Córregos da Tiririca - Restauração de Mata Ciliar em um Córrego Contribuinte da Lagoa de Itaipu - Niterói- RJ - Brasil. Qeios, IA72E0.2 https://doi.org/10.32388/IA72E0.2 Disponível em:



Artigo - Coletivo córrego da tiririca (versão em português). Disponível em:



documentário RIO ITAÚNAS SEMPRE VIVO, DA FOZ À NASCENTE. Organização SAPI - Sociedade de Amigos de Itaúnas. Disponível em: https://youtu.be/qCcFomiVmJI


Abraços



Luisa Maria Sarmento-Soares 


Instituto Nossas Correntes. Niterói- RJ. sarmento.soares@gmail.com


LinkedIn: @ luisa maria sarmento soares


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