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Brasil anuncia queda no desmatamento às vésperas das negociações climáticas da ONU. 30/10/2025

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    Ana Cunha-Busch
  • 29 de out.
  • 3 min de leitura
O Brasil abriga a maior parte da floresta amazônica, considerada crucial na luta contra as mudanças climáticas (Pablo PORCIUNCULA)  (Pablo PORCIUNCULA/AFP/AFP)
O Brasil abriga a maior parte da floresta amazônica, considerada crucial na luta contra as mudanças climáticas (Pablo PORCIUNCULA).(Pablo PORCIUNCULA/AFP/AFP)

Por AFP - Agence France Presse


Brasil anuncia queda no desmatamento às vésperas das negociações climáticas da ONU


O desmatamento na floresta amazônica brasileira caiu pelo quarto ano consecutivo, informou o governo nesta quinta-feira, um alento para o país a poucos dias de sediar as negociações climáticas da ONU.


O Brasil abriga a maior parte da vasta floresta tropical, que se estende por nove países e é considerada crucial na luta contra as mudanças climáticas.


O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora a cobertura florestal por satélite, afirmou que uma área quase quatro vezes maior que a Grande Londres foi destruída entre agosto de 2024 e julho de 2025.


Isso representa uma redução de 11% em relação ao ano anterior e os menores índices desde 2014.


Claudio Almeida, coordenador do INPE, disse que a perda de 5.796 quilômetros quadrados (2.238 milhas quadradas) de vegetação nativa representa "o quarto ano consecutivo de redução" no desmatamento.


A perda florestal também diminuiu 11% no Cerrado, uma vasta região de savana tropical no centro do Brasil.


A floresta amazônica armazena grandes quantidades de carbono, que se transforma em dióxido de carbono — um gás de efeito estufa que é um dos principais responsáveis ​​pelas mudanças climáticas — quando grandes quantidades de árvores e solo são queimadas.


"Quando alcançamos um bom resultado, precisamos seguir para o próximo desafio. Não podemos nos acomodar. Nosso desafio é reduzir o desmatamento a zero até 2030", declarou a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em coletiva de imprensa.


O presidente de esquerda Luiz Inácio Lula da Silva estabeleceu o desmatamento zero como meta para seu governo quando retornou ao poder em 2023 para um terceiro mandato.


O Brasil tornou a proteção florestal uma das principais prioridades da COP30, a conferência climática que acontecerá em Belém, na Amazônia, em novembro.


O país é o sexto maior emissor de gases de efeito estufa do mundo.


No entanto, diferentemente da maioria das nações, não é a queima de combustíveis fósseis a principal responsável pela emissão desses gases, mas sim o desmatamento.


Especialistas afirmam que a destruição da Amazônia e do Cerrado é impulsionada principalmente pela agricultura – o segundo maior contribuinte para as emissões de gases de efeito estufa no Brasil, o maior exportador mundial de carne bovina.


Ambos os biomas sensíveis foram afetados por secas severas nos últimos anos, que têm sido associadas às mudanças climáticas.


Isso fez com que incêndios – provocados por agricultores que limpam pastagens – se alastrassem descontroladamente.


Em 2024, os incêndios recordes devastaram quase 18 milhões de hectares (44,5 milhões de acres) da Amazônia brasileira.


"Se não fossem as condições climáticas extremamente severas, com incêndios muito acima da média histórica... provavelmente teríamos tido a menor taxa de desmatamento da história este ano", disse João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente.


O desmatamento disparou na Amazônia durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, cético em relação às mudanças climáticas, que enfraqueceu as proteções ambientais e incentivou o desmatamento para o crescimento econômico.


Lula iniciou a reconstrução dos órgãos ambientais do Brasil e o posicionamento do país como líder global na luta contra as mudanças climáticas.


No entanto, ele tem sido criticado por apoiar a exploração de petróleo, que, segundo ele, ajudará a financiar a transição climática.


A Petrobras, gigante petrolífera estatal brasileira, iniciou neste mês perfurações exploratórias perto da foz do Rio Amazonas, área considerada uma nova e promissora fronteira petrolífera.


A medida — apoiada por Lula — enfureceu ambientalistas, que afirmaram que ela prejudica a posição do Brasil como sede da COP30.


rsr-fb/ksb

 
 
 

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