Cinco jovens que usam tecnologia para promover mudanças ganham prêmio apoiado pela ONU. October 9, 2025
- Ana Cunha-Busch
- 8 de out.
- 2 min de leitura

Por AFP - Agence France Presse
Cinco jovens que usam tecnologia para promover mudanças ganham prêmio apoiado pela ONU
Um adolescente indiano que desenvolveu ferramentas móveis para monitorar a qualidade da água ganhou um prêmio para jovens ativistas, apoiado pelas Nações Unidas, na quinta-feira, juntamente com outros jovens elogiados por usar a tecnologia para promover mudanças positivas.
Dev Karan, de 17 anos, foi anunciado como um dos cinco vencedores do prêmio anual da Cúpula de Jovens Ativistas (YAS) por seu trabalho para ajudar a restaurar os lagos tradicionais da Índia, que são estruturas multifuncionais de coleta de água que armazenam água e ajudam a prevenir inundações e erosão do solo.
Karan foi cofundador da Pondora, uma organização que ajuda vilarejos a monitorar a qualidade da água usando sensores baseados em TI e ferramentas móveis, que ele desenvolveu para rastrear a contaminação.
O comitê do prêmio disse que se tratava de "um modelo replicável para a restauração do ecossistema aquático — um lago de cada vez".
"A mudança não ocorre quando estamos sentados em torres de marfim", disse Karan em um comunicado divulgado pela YAS.
"Temos que descer ao pântano e temos que trazer a mudança nós mesmos."
Outros vencedores do prêmio deste ano, que será entregue em uma cerimônia em Genebra em novembro, incluem Rena Kawasaki, do Japão, de 20 anos, que aos 14 anos cofundou um grupo que conecta estudantes e políticos por meio de sessões do Zoom para impulsionar a participação dos jovens na política.
O ativista brasileiro Salvino Oliveira, de 27 anos, também está na lista com sua organização PerifaConnection, que trabalha para amplificar as vozes dos jovens das favelas e ajudar estudantes de primeira geração a acessar a universidade.
Outra laureada, Marina El Khawand, do Líbano, de 24 anos, por sua vez, fundou sua organização Medonations após a gigantesca explosão no porto de Beirute em 2020, que matou mais de 220 pessoas.
"O que começou com uma única publicação nas redes sociais para ajudar uma idosa a ter acesso a medicamentos que salvam vidas cresceu e se tornou uma comunidade global com pontos de coleta em mais de 65 países, entregando medicamentos e consultas gratuitas para mais de 25.000 pessoas", afirmou o comitê do prêmio.
"Quando as pessoas estavam morrendo por não terem condições de comprar oxigênio ou medicamentos, não podíamos simplesmente assistir — tínhamos que agir", disse ela no comunicado.
Aminata Savane, uma jovem de 25 anos da Costa do Marfim, também dividirá o prêmio deste ano por seu trabalho para tornar o mundo digital mais inclusivo e seguro em comunidades carentes, informou o comitê do prêmio.
Savane, que começou a blogar em 2020 contra a desinformação online sobre a Covid-19, por meio de sua organização Centre Maree de Lumiere (Centro Maré de Luz), ajudou a fornecer habilidades digitais e treinamento de liderança para centenas de mulheres e adolescentes em comunidades vulneráveis.
"A tecnologia digital é uma oportunidade que não podemos perder", disse ela, alertando que "aqueles que não se adaptam correm o risco de se tornarem os analfabetos do século XXI".
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