Metade das Emissões Globais de CO2 nas mãos de 36 CEOs - OPINIÃO 16/01/2025
- Ana Cunha-Busch
- 15 de abr.
- 3 min de leitura
Atualizado: 16 de abr.

METADE DAS EMISSÕES GLOBAIS DE CO2 NAS MÃOS DE 36 CEOs
By MARCOS LEANDRO KAZMIERCZAK
O infográfico da Visual Capitalist, intitulado "Metade do CO₂ Global Vem Destas 36 Empresas", apresenta uma visualização impactante da concentração das emissões de dióxido de carbono em um número relativamente pequeno de corporações. Através de polígonos coloridos e dimensionados proporcionalmente à sua contribuição, o gráfico revela a disparidade na responsabilidade pelas emissões globais e destaca a urgência de ações sustentáveis por parte dessas empresas.

Uma lista parcial, com base nos logos que consegui identificar, pode ser observada a seguir:
Saudi Aramco (Arábia Saudita): 4,4%; ADNOC (Companhia Nacional de Petróleo de Abu Dhabi): 1,6%; QatarEnergy: 0,8%; CNPC (Corporação Nacional de Petróleo da China): 1,6%; ChinaCoal: 1,7%; Indústria de Cimento da China: 2,8%; Coal India: 3,7%; Jineng Holding: 2,9%; NNPC (Corporação Nacional de Petróleo da Nigéria): 0,6%; Société Nationale Industrielle et Minière (SNIM): 1,2%; TotalEnergies: 0,8%; Eni: 0,6%; Glencore: 0,7%; Lukoil: 0,8%; Rosneft: 1,9%; BP: 0,8%; Equinor: 0,7%; Gazprom: 2,3%; ExxonMobil: 1,3%; Chevron: 1,1%; ConocoPhillips: 0,6%; Peabody: 0,7%; Pemex: 0,9%; ExxonMobil: 1,3%; Chevron: 1,1%; ConocoPhillips: 0,6%; Peabody: 0,7%; Pemex: 0,9%; Petrobras: 1,0%; e NNPC: 0,6%.
Concentração de Emissões: o dado mais alarmante revelado pelo infográfico é que apenas 36 empresas foram responsáveis por aproximadamente METADE das emissões globais de CO₂ em 2023. Isso demonstra uma concentração extrema de impacto ambiental nas mãos de um grupo limitado de corporações, principalmente do setor de energia. Esta constatação ressalta a necessidade de regulamentações mais rigorosas e de uma transição acelerada para fontes de energia mais limpas.
O Setor de Energia: a análise do infográfico revela que o setor de energia, especialmente as empresas de petróleo e gás, é o principal contribuinte para as emissões de CO₂. Gigantes como Saudi Aramco, ADNOC e Gazprom lideram a lista, refletindo a dependência global dos combustíveis fósseis. A necessidade de diversificar a matriz energética e investir em alternativas renováveis torna-se evidente.
A Indústria do Cimento na China: além das empresas de energia, a indústria do cimento na China também se destaca como um grande emissor. A China Cement, por exemplo, contribui significativamente para as emissões globais. Isso ressalta a importância de abordar as emissões industriais, além das emissões do setor energético, para alcançar metas de redução de carbono.
Distribuição Geográfica: o infográfico mostra uma distribuição geográfica diversificada das empresas emissoras, abrangendo Ásia, Oriente Médio, África, Europa, América do Norte e América do Sul. Essa distribuição global indica que a responsabilidade pela redução das emissões é compartilhada entre diferentes regiões e exige uma cooperação internacional robusta.
Impacto Desproporcional: a representação visual dos polígonos, com seus tamanhos variando conforme a contribuição para as emissões, destaca o impacto desproporcional de algumas empresas. Saudi Aramco, por exemplo, com seus 4,4% de emissões globais, supera significativamente muitas outras empresas na lista, demonstrando a necessidade de ações mais drásticas por parte dos maiores emissores.
Necessidade de Sustentabilidade: o infográfico enfatiza a necessidade crítica de práticas sustentáveis por parte das empresas listadas. A transição para fontes de energia renováveis, a adoção de tecnologias de captura de carbono e a implementação de processos industriais mais eficientes são essenciais para reduzir a pegada de carbono dessas corporações.
Responsabilidade Corporativa: a divulgação desses dados coloca uma pressão significativa sobre as empresas para que assumam a responsabilidade por seu impacto ambiental. A transparência e a prestação de contas tornam-se cruciais para garantir que essas corporações adotem medidas concretas para reduzir suas emissões e contribuir para um futuro mais sustentável.
Implicações Políticas e Regulatórias: os dados apresentados no infográfico têm implicações políticas e regulatórias significativas. Governos e organizações internacionais devem utilizar essas informações para formular políticas mais eficazes de redução de emissões e para incentivar a adoção de práticas sustentáveis no setor corporativo.
Concluindo, o infográfico da Visual Capitalist serve como um alerta contundente sobre a concentração das emissões de CO₂ em um número limitado de empresas. A visualização impactante destaca a urgência de ações coordenadas e ambiciosas para mitigar as mudanças climáticas e promover um futuro mais sustentável. A responsabilidade compartilhada entre governos, empresas e a sociedade civil é fundamental para alcançar as metas de redução de emissões e proteger o planeta.
Não podemos esquecer que não temos Planeta B e que as naves do Musk não vão poder levar muita gente para Marte.
Pai da Màh | PhD | Especialista em Cenários Climáticos Futuros | Palestrante nascido em 319 ppm





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