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Por que os Alimentos no Brasil Estão Cada Vez Mais Caros? BRASIL - OPINIÃO 14/03/2025

  • Foto do escritor: Ana Cunha-Busch
    Ana Cunha-Busch
  • 13 de mar.
  • 3 min de leitura

Foto de Joseph Gonzalez na Unsplash
Foto de Joseph Gonzalez na Unsplash

Por Claudia Andrade

 

Por que os Alimentos no Brasil Estão Cada Vez Mais Caros?

 

Se você tem feito compras de mercado ultimamente, já deve ter sentido no bolso que alguns alimentos básicos estão cada vez mais caros. O café, que faz parte da rotina dos brasileiros, teve um aumento significativo. Os ovos, alternativa acessível para proteína, também dispararam de preço. Mas o que está por trás dessa alta? O que precisa ser feito para mudar esse cenário? E como isso afeta diretamente a vida de quem já enfrenta dificuldades financeiras?


A resposta envolve uma série de fatores, desde mudanças climáticas até políticas econômicas e demandas do mercado internacional. Vamos entender melhor essa questão.



O Clima e a Produção de Alimentos


O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, mas isso não significa que estamos imunes a problemas na oferta. Nos últimos anos, eventos climáticos extremos, como secas prolongadas e geadas, afetaram safras inteiras. O café, por exemplo, sofreu muito com essas variações, principalmente em Minas Gerais e São Paulo, reduzindo a produção e, consequentemente, elevando os preços.


No caso dos ovos, o impacto veio do custo da ração, que depende de milho e soja – dois produtos que também enfrentaram dificuldades climáticas e aumento da demanda global, tornando sua produção mais cara. O resultado? Preços mais altos para os produtores, que repassam esse custo ao consumidor.


Mesmo que a safra seja boa, os alimentos precisam chegar até o consumidor. E aí entra outro problema: o custo do transporte. O Brasil tem uma logística cara, muito dependente de rodovias e combustíveis fósseis. O preço do diesel, que subiu devido à variação do petróleo no mercado global, torna o frete mais caro, impactando diretamente os produtos que chegam até as prateleiras dos mercados.


Além disso, fertilizantes e outros insumos agrícolas também estão mais caros. O Brasil importa grande parte desses produtos, e a alta do dólar fez com que os custos subissem ainda mais. Quando produzir fica mais caro, o consumidor final sente o impacto.



Inflação e o Real Desvalorizado


Outro ponto importante é a inflação e a desvalorização do real. Quando nossa moeda perde valor em relação ao dólar, tudo o que compramos de fora fica mais caro – e isso inclui insumos agrícolas, combustíveis e até alimentos que precisam ser importados.


Além disso, quando os preços internacionais de produtos como café e soja sobem, os produtores preferem vender para o exterior, onde conseguem lucrar mais. Isso reduz a oferta no mercado interno e faz com que os preços aumentem ainda mais aqui dentro.


No fim das contas, tudo isso se reflete no orçamento das famílias. Para quem já tem uma renda apertada, a alta dos alimentos é um problema grave. Muitas pessoas passam a substituir produtos nutritivos por opções mais baratas e menos saudáveis, o que compromete a qualidade da alimentação e, em alguns casos, leva até à fome.


Esse cenário tem impacto direto nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente no ODS 1 (Erradicação da Pobreza) e no ODS 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável). Quando os alimentos básicos ficam caros, mais pessoas entram em situação de vulnerabilidade, aumentando os índices de pobreza e insegurança alimentar.


O aumento dos preços dos alimentos no Brasil não é algo isolado – ele está ligado a fatores climáticos, logísticos e econômicos. Para mudar essa realidade, é preciso um esforço conjunto entre governo, setor produtivo e sociedade. O compromisso com os ODS não pode ser apenas um discurso; é preciso ação para garantir que todos tenham acesso a uma alimentação de qualidade. Afinal, comida na mesa não deve ser um privilégio, e sim um direito de todos.



 

 

 

 


Texto: Claudia Andrade

@cauvic2


2 Comments


Adriana Brito
Adriana Brito
Mar 14

Uma reflexão que realmente importa. Viajo no tempo e lembro do filme “Quem se Importa”. A sustentabilidade abrange todo o planeta. Infelizmente os lideres que governam cada país, não se preocupam com a coletividade, mas a individualidade econômica de seu próprio país e seus lucros imediatos. Essa conta não fecha.

Concordo com Adriano Maricato quando diz que o indivíduo pode fazer a diferença.

Se fizermos todos os dias a nossa parte, já estaremos ajudando MUITO.

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adriano.maricato.ramos
Mar 14

Ótima reflexão, Claudia. Infelizmente os países mais ricos ainda não se conscientizaram completamente do seu papel de protagonismo nas soluções sustentáveis que, depois de tanto tempo sem serem implementadas, só surtirão efeito em escala global.

Somos um só planeta e ele não tem riquezas infinitas.

Por outro lado, nós, como pessoas físicas, temos a tendência de não acreditar que nossas pequenas ações possam contribuir para um futuro melhor. Mas isso não é verdade, se todos nós fizermos um pouquinho, a realidade vai mudando.

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