Setembro é o terceiro mês mais quente já registrado no mundo: Monitor do Clima 10/10/2025
- Ana Cunha-Busch
- 9 de out.
- 2 min de leitura

Por AFP - Agence France Presse
Setembro é o terceiro mês mais quente já registrado no mundo: Monitor do Clima
O mundo acaba de ter seu terceiro setembro mais quente já registrado, informou o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus na quinta-feira, enquanto as temperaturas médias globais permaneceram próximas às máximas históricas por mais um mês.
Setembro não quebrou o recorde mensal estabelecido em 2023 e foi apenas ligeiramente mais frio do que o mesmo período do ano passado, afirmou o monitor de aquecimento global da UE.
"O contexto da temperatura global permanece praticamente o mesmo, com temperaturas persistentemente altas da superfície terrestre e marítima refletindo a influência contínua do acúmulo de gases de efeito estufa na atmosfera", disse Samantha Burgess, líder estratégica de clima do Copernicus.
Setembro foi 1,47 °C acima da média de 1850-1900, usada para definir o período pré-industrial, antes que a atividade humana começasse a influenciar significativamente o clima.
Esses aumentos incrementais podem parecer pequenos. Mas os cientistas afirmam que cada fração de grau de aquecimento adicional desestabiliza ainda mais o planeta, aumentando o risco de eventos climáticos extremos e desencadeando pontos de inflexão climática destrutivos.
As temperaturas globais têm sido constantemente elevadas pelas emissões de gases de efeito estufa da humanidade, principalmente de combustíveis fósseis queimados em grande escala desde a Revolução Industrial.
Os cientistas esperam que 2025 seja o terceiro ano mais quente, depois de 2024 e 2023, com os meses recentes ficando logo atrás dos recordes estabelecidos durante esse período extraordinário.
As nações enfrentam essa realidade ao se reunirem no Brasil no próximo mês para as negociações climáticas da ONU, realizadas anualmente para abordar a resposta coletiva ao aquecimento global.
As principais economias não estão cortando as emissões com rapidez suficiente para evitar os piores impactos das mudanças climáticas, e muitas ainda estão aprovando novos projetos de petróleo, carvão e gás.
O Copernicus utiliza bilhões de medições de satélites, navios, aeronaves e estações meteorológicas para auxiliar seus cálculos climáticos.
Seus registros remontam a 1940, mas outras fontes de dados climáticos — como núcleos de gelo, anéis de árvores e esqueletos de corais — permitem que os cientistas expandam suas conclusões usando evidências de um passado muito mais distante.
Os cientistas afirmam que o período atual é provavelmente o mais quente que a Terra já teve nos últimos 125.000 anos.
np/st





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