Brasil rebate queixa da ONU sobre segurança na COP30, mas reforça presença. 14/11/2025
- Ana Cunha-Busch
- 13 de nov.
- 2 min de leitura

Por AFP - Agence France Presse
Brasil rebate queixa da ONU sobre segurança na COP30, mas reforça presença
O Brasil rebateu a queixa do chefe do clima da ONU sobre uma falha de segurança na cúpula da COP30 em Belém, afirmando que a responsabilidade pela segurança do interior do local é da própria organização.
Simon Stiell, secretário-executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, criticou as forças de segurança do país anfitrião por "não terem agido" na noite de terça-feira, quando dezenas de manifestantes indígenas forçaram a entrada, segundo uma carta divulgada pela Bloomberg News.
Em sua carta, endereçada ao chefe da Casa Civil do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e a André Correa do Lago, diplomata que presidia a cúpula, ele acusou os anfitriões de uma "grave violação do marco de segurança estabelecido".
A carta apontava vulnerabilidades — desde portas sem segurança até a falta de garantias de que as autoridades responderiam a invasões — bem como preocupações com a saúde e a segurança, como o mau funcionamento do ar-condicionado e a infiltração de água da chuva das fortes tempestades da Amazônia em luminárias.
Em sua resposta, vista pela AFP, o Brasil afirmou: "A segurança interna da Zona Azul é de responsabilidade do Departamento de Segurança e Proteção das Nações Unidas (UNDSS), que define como todas as áreas dentro dela serão protegidas".
A resposta acrescentou que as autoridades federais e do estado do Pará trabalharam em conjunto com o UNDSS para realizar uma reavaliação, decidindo, por fim, aumentar o número de agentes de segurança, expandir a zona de segurança e reforçar fisicamente o perímetro com mais barreiras.
"Isso não é mais um problema. As questões relacionadas a isso foram resolvidas", disse Correa mais tarde a repórteres em uma coletiva de imprensa à noite.
A resposta brasileira também abordou as questões de infraestrutura.
"Não houve alagamentos no local do evento, apenas ocorrências localizadas, como vazamentos" causados por calhas quebradas, afirmou, acrescentando que estes já foram reparados.
Unidades adicionais de ar-condicionado também foram instaladas, informou.
A escolha de Belém, uma cidade de porte médio na orla da Amazônia, foi controversa devido à insuficiência de acomodações e aos temores de que a cidade não estivesse preparada para lidar com um evento tão grande envolvendo dezenas de milhares de pessoas.
Lula, no entanto, defendeu a escolha, dizendo que era importante trazer o mundo à Amazônia para mostrar sua luta e seu papel crucial no combate às mudanças climáticas.
bur-ia/dw





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