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COP30: avanços parciais e lacunas estruturais na agenda climática global - OPINIÃO - 26/11/2025

  • Foto do escritor: Ana Cunha-Busch
    Ana Cunha-Busch
  • 25 de nov.
  • 2 min de leitura
Pavilhão oficial da COP30 em Belém, ponto central das discussões globais sobre adaptação, mitigação e financiamentos climáticos. Foto: Tania Rego/Agência Brasil
Pavilhão oficial da COP30 em Belém, ponto central das discussões globais sobre adaptação, mitigação e financiamentos climáticos. Foto: Tania Rego/Agência Brasil

COP30: avanços parciais e lacunas estruturais na agenda climática global - OPINIÃO - 26/11/2025


A realização da COP30 em Belém representou um marco para a visibilidade da Amazônia no cenário internacional, mas os resultados da conferência evidenciam que a capacidade de implementação ainda está aquém da urgência climática. Mesmo com os avanços relacionados aos indicadores da Meta Global de Adaptação e ao debate sobre transição justa e inclusão de povos indígenas e comunidades tradicionais, a estruturação de mecanismos efetivos permanece limitada.



O principal ponto de estagnação foi a ausência de um compromisso formal para a eliminação gradual dos combustíveis fósseis — tema central para alcançar qualquer cenário compatível com 1,5 °C. Paralelamente, o financiamento climático continua sem diretrizes claras, especialmente no que se refere à adaptação e ao apoio a países e regiões de alta vulnerabilidade socioambiental. A falta de previsibilidade financeira compromete a efetividade de políticas públicas, programas de mitigação e iniciativas de restauração ecológica.



Sob a perspectiva técnica de quem atua com gestão ambiental, monitoramento geotécnico e hidrológico, licenciamento e restauração de áreas degradadas, as lacunas observadas na COP30 refletem um descompasso histórico: há consenso científico e operacional sobre o que precisa ser feito, mas os instrumentos decisórios ainda não incorporam plenamente a escala e a velocidade necessárias.



A Amazônia, com seus serviços ecossistêmicos essenciais (regulação hídrica, estoque de carbono, biodiversidade e estabilidade climática regional), exige metas vinculantes, mecanismos de acompanhamento e integração efetiva entre políticas nacionais e compromissos internacionais. Projetos de restauração, monitoramento ambiental, gestão adequada de resíduos e valorização da economia da floresta são caminhos viáveis, já testados e com resultados mensuráveis, mas dependem de diretrizes consolidadas e apoio financeiro contínuo.



A COP30 reforçou a centralidade da Amazônia, mas também evidenciou que a transição para um modelo climático seguro depende de ações estruturadas, metas quantificáveis e implementação imediata. A agenda climática avançou, porém ainda de forma insuficiente para responder às dinâmicas ambientais que já se intensificam em escala global e regional.


Pavilhão oficial da COP30 em Belém, ponto central das discussões globais sobre adaptação, mitigação e financiamentos climáticos. Foto: Tania Rego/Agência Brasil


Autora: Bianca Vieira

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