Em 2024, o mundo terá um recorde de instalação de energia renovável, impulsionado pela China: Relatório 28/03/2025

Energia renovável por Andreas Gücklhorn (Unsplash)

Por AFP - Agence France Presse

Em 2024, o mundo terá um recorde de instalação de energia renovável, impulsionado pela China: Relatório

O mundo instalou uma quantidade recorde de capacidade de energia renovável no ano passado, em grande parte impulsionada pela China, de acordo com um relatório publicado na quarta-feira pela Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA).

A capacidade de geração de energia solar, eólica, hidrelétrica e geotérmica cresceu 15,1% globalmente, atingindo cerca de 4,5 terawatts, de acordo com o relatório da IRENA.

Em todo o mundo, 585 gigawatts de capacidade renovável foram adicionados às redes, representando 92,5% de toda a nova capacidade de geração de eletricidade instalada no ano passado.

“O crescimento contínuo das energias renováveis que testemunhamos a cada ano é prova de que as energias renováveis são economicamente viáveis e prontamente implantáveis”, disse Francesco La Camera, diretor da IRENA, em um comunicado.

“A cada ano, elas continuam batendo seus recordes de expansão, mas também enfrentamos os mesmos desafios de grandes disparidades regionais e do relógio correndo”, acrescentou.

Para atingir uma meta global, acordada na cúpula climática COP28 em 2023, de triplicar a capacidade de geração de energia renovável até 2030, o mundo precisa atingir 11,2 terawatts.

Isso exigirá um crescimento anual de 16,6% até o final da década, segundo o relatório.

No ano passado, a Ásia foi fundamental para o crescimento global das energias renováveis, com a China sozinha respondendo por 64% da nova capacidade mundial.

Mais de três quartos de toda a capacidade recém-instalada no mundo foram na forma de células fotovoltaicas, que transformam a energia solar diretamente em eletricidade. Desse total, a China foi responsável por mais da metade.

Simon Stiell, secretário executivo do processo do tratado climático da ONU, disse em uma coletiva de imprensa em Berlim, na quarta-feira, que “as energias renováveis cresceram na Ásia com o dobro da taxa da Europa”.

“Ainda há muitas oportunidades para a Europa acelerar o ritmo”.

“Em um boom global de energia limpa que atingiu US$ 2 trilhões no ano passado, os dividendos oferecidos são monumentais”, acrescentou.

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