França afirma ter pontos em comum com a China sobre o meio ambiente 31/05/2025
- Ana Cunha-Busch
- 30 de mai.
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Atualizado: 31 de mai.
Por AFP - Agência France Presse
França afirma ter pontos em comum com a China sobre o meio ambiente
A França e a China encontraram “pontos de convergência” em matéria de meio ambiente, afirmou a ministra francesa da Transição Ecológica, Agnès Pannier-Runacher, na sexta-feira, ao final de uma visita a Pequim.
Sua viagem ocorreu antes da Conferência das Nações Unidas sobre os Oceanos (UNOC), que terá início em Nice, no dia 9 de junho, e da cúpula climática COP30, no Brasil, em novembro.
Após os Estados Unidos terem novamente se retirado do histórico Acordo de Paris sobre o clima, após o presidente Donald Trump ter assumido novamente o cargo em janeiro, a França tem defendido que a União Europeia e a China formem uma frente unida em matéria de meio ambiente e clima.
“Pontos de convergência foram sentidos”, disse Pannier-Runacher à AFP após reuniões com vários funcionários chineses, incluindo o ministro do Meio Ambiente, Huang Runqiu, e o ministro dos Recursos Naturais, Guan Zhi'ou.
“O compromisso com o Acordo de Paris” e o “multilateralismo” foram dois desses pontos, disse ela.
Pannier-Runacher disse que espera uma declaração conjunta antes da cúpula da COP30 para ajudar a dar impulso às negociações.
“Numa altura em que a ciência é questionada por alguns, em que o impacto da desregulamentação climática nas nossas vidas é contestado (...), é importante que a União Europeia e a China assumam as suas responsabilidades”, afirmou.
Huang disse a Pannier-Runacher que a China “continuará a observar os objetivos estabelecidos pelo Acordo de Paris e a trabalhar com todas as partes para promover resultados positivos” na cimeira COP30, segundo um comunicado emitido pelo seu ministério.
A China é o maior emissor mundial de gases de efeito estufa, mas adotou fontes de energia renováveis, veículos elétricos e está trabalhando para reduzir as emissões de carbono.
O país planeja atingir o pico das emissões de carbono até 2030 e chegar a zero líquido até 2060, e alguns analistas especulam que a desaceleração do crescimento e a rápida instalação de energias renováveis significam que as emissões já se estabilizaram.
As emissões realmente caíram no primeiro trimestre de 2025, disse um think tank independente no início deste mês.
Pannier-Runacher comemorou o “dinamismo” da China, dizendo que todos poderiam aprender com sua “rapidez” na adoção de tecnologias de energia renovável.
A ministra francesa também disse que a China é líder nessas tecnologias e expressou esperança de que invista na França e em outros países europeus para criar empregos.
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