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ONU critica 'apatia' mundial ao lançar apelo por ajuda para 2026. 08/12/2025

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    Ana Cunha-Busch
  • há 10 horas
  • 3 min de leitura
A Faixa de Gaza foi devastada por mais de dois anos de conflito entre Israel e o Hamas (Eyad Baba)
A Faixa de Gaza foi devastada por mais de dois anos de conflito entre Israel e o Hamas (Eyad Baba)

Por AFP - Agence France Presse


ONU critica 'apatia' mundial ao lançar apelo por ajuda para 2026

Amélie BOTTOLLIER-DEPOIS


As Nações Unidas criticaram na segunda-feira a "apatia" global diante do sofrimento generalizado, ao lançarem seu apelo por assistência humanitária para 2026, que tem escopo limitado devido aos grandes cortes de financiamento enfrentados pelas operações de ajuda.


"Este é um momento de brutalidade, impunidade e indiferença", disse o chefe humanitário da ONU, Tom Fletcher, a jornalistas, condenando "a ferocidade e a intensidade dos assassinatos, o completo desrespeito ao direito internacional, os níveis horríveis de violência sexual" que presenciou em 2025.


"Este é um momento em que as regras estão sendo deixadas de lado, em que a estrutura da coexistência está sob ataque constante, em que nossos instintos de sobrevivência foram entorpecidos pela distração e corroídos pela apatia", afirmou. Ele afirmou que este também é um momento "em que os políticos se vangloriam de cortar a ajuda humanitária", ao apresentar um plano simplificado para arrecadar pelo menos US$ 23 bilhões para ajudar 87 milhões de pessoas nos locais mais perigosos do mundo, como Gaza, Ucrânia, Sudão, Haiti e Mianmar.


As Nações Unidas gostariam de arrecadar, em última instância, US$ 33 bilhões para ajudar 135 milhões de pessoas em 2026, mas estão dolorosamente cientes de que sua meta geral pode ser difícil de alcançar, dado o corte drástico na ajuda externa promovido pelo presidente dos EUA, Donald Trump.


Fletcher disse que o "apelo de alta prioridade" foi "baseado em escolhas angustiantes de vida ou morte", acrescentando que esperava que Washington visse as escolhas feitas e as reformas implementadas para melhorar a eficiência da ajuda e optasse por "renovar esse compromisso" de ajudar.


A Organização Mundial da Saúde estima que 240 milhões de pessoas em zonas de conflito, sofrendo com epidemias ou vítimas de desastres naturais e mudanças climáticas, precisam de ajuda emergencial.


— 'O menor valor em uma década' —


Em 2025, o apelo da ONU por mais de US$ 45 bilhões recebeu apenas US$ 12 bilhões — o menor valor em uma década, segundo a organização.


Isso permitiu ajudar apenas 98 milhões de pessoas, 25 milhões a menos que no ano anterior.


De acordo com dados da ONU, os Estados Unidos continuam sendo o maior doador de ajuda humanitária do mundo, mas esse valor caiu drasticamente em 2025 para US$ 2,7 bilhões, ante US$ 11 bilhões em 2024.


No topo da lista de prioridades para 2026 estão Gaza e a Cisjordânia.


A ONU está solicitando US$ 4,1 bilhões para os territórios palestinos ocupados, a fim de auxiliar três milhões de pessoas.


Outro país com necessidade urgente é o Sudão, onde o conflito mortal deslocou milhões de pessoas: a ONU espera arrecadar US$ 2,9 bilhões para ajudar 20 milhões de pessoas.


Em Tawila, para onde moradores da cidade de El-Fasher, no oeste do Sudão, fugiram da violência étnica, Fletcher disse ter conhecido uma jovem mãe que viu seu marido e filho serem assassinados.


Ela fugiu, com o bebê desnutrido de seus vizinhos mortos, pela estrada que ele chamou de "a mais perigosa do mundo", até Tawila.


Homens "a atacaram, a estupraram, quebraram sua perna, e ainda assim algo a manteve firme em meio ao horror e à brutalidade", disse ele.


"Alguém, de onde quer que venha, do que quer que acredite, de qualquer que seja seu voto, não acha que deveríamos estar lá por ela?"


As Nações Unidas pedirão aos Estados-membros que abram seus cofres públicos nos próximos 87 dias — um dia para cada milhão de pessoas que precisam de assistência.


E se a ONU não atingir a meta, Fletcher prevê que ampliará a campanha, apelando à sociedade civil, ao mundo corporativo e às pessoas comuns que, segundo ele, estão afogadas em desinformação, sugerindo que seus impostos estão sendo enviados para o exterior.


"Estamos pedindo pouco mais de um por cento do que o mundo gasta atualmente com armamentos e defesa", disse Fletcher.


"Não estou pedindo que as pessoas escolham entre um hospital no Brooklyn e um hospital em Kandahar — estou pedindo ao mundo que gaste menos com defesa e mais com ajuda humanitária."


abd/sst/dw

 
 
 

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