top of page
cover.jpg

Sem intimidação, diz Ramaphosa enquanto EUA esnobam a África do Sul no G20. 20/11/2025

  • Foto do escritor: Ana Cunha-Busch
    Ana Cunha-Busch
  • há 1 dia
  • 3 min de leitura
O presidente Cyril Ramaphosa discursa durante a "Cúpula Social" do G20, antes da reunião dos líderes no fim de semana (EMMANUEL CROSET)  (EMMANUEL CROSET/AFP/AFP)
O presidente Cyril Ramaphosa discursa durante a "Cúpula Social" do G20, antes da reunião dos líderes no fim de semana (EMMANUEL CROSET). (EMMANUEL CROSET/AFP/AFP)

Por AFP - Agence France Presse


Sem intimidação, diz Ramaphosa enquanto EUA esnobam a África do Sul no G20

Hillary ORINDE


A África do Sul não se deixará intimidar, disse o presidente Cyril Ramaphosa nesta quinta-feira, em uma crítica aos Estados Unidos, que anunciaram que boicotarão a cúpula do G20 em Joanesburgo neste fim de semana.


Washington também exigiu que a África do Sul não divulgasse a tradicional declaração conjunta dos líderes após a reunião, que contará com a presença de cerca de 40 países.


O presidente dos EUA, Donald Trump, que entrou em conflito com a África do Sul sobre sua agenda no G20 e diversas políticas internacionais e domésticas, está boicotando a cúpula em meio a um recuo mais amplo dos EUA em relação ao multilateralismo, o que tem abalado a ordem global.


"Não é possível que a localização geográfica, a renda ou o poderio militar de um país determinem quem tem voz e quem é tratado com desdém", disse Ramaphosa aos delegados em um evento preliminar, em clara referência a Washington.


"Não deve haver intimidação de uma nação por outra", afirmou ele em um discurso para um grupo de organizações da sociedade civil antes da cúpula de 22 e 23 de novembro.


A embaixada dos EUA confirmou no fim de semana que não participaria da cúpula, afirmando em uma nota à África do Sul que suas prioridades para o G20 "contrariam as visões políticas dos EUA e não podemos apoiar o consenso sobre quaisquer documentos negociados sob sua presidência".


A declaração dizia que os Estados Unidos "se opõem à publicação de qualquer documento final da cúpula do G20 sob a premissa de uma posição consensual do G20, sem o acordo dos EUA".


A África do Sul, o primeiro país africano a sediar uma cúpula do G20, respondeu que a ausência dos Estados Unidos no evento anulava seu papel.


- Seguindo em frente -


O Ministro das Relações Exteriores, Ronald Lamola, afirmou que Pretória seguirá em frente com a declaração dos líderes.


"Não aceitaremos que ninguém ausente nos diga que não podemos adotar uma declaração ou tomar qualquer decisão na cúpula", disse ele em um discurso após a fala de Ramaphosa.


A África do Sul escolheu "Solidariedade, Igualdade e Sustentabilidade" como tema de sua presidência do G20, que reúne 19 países e dois órgãos regionais, a União Europeia e a União Africana.


Os membros do G20 representam 85% do PIB global e cerca de dois terços da população mundial.


Sua agenda concentra-se no fortalecimento da resiliência a desastres, na melhoria da sustentabilidade da dívida para países de baixa renda, no financiamento de uma "transição energética justa" e no aproveitamento de "minerais críticos para o crescimento inclusivo e o desenvolvimento sustentável".


Embora autoridades do governo dos EUA não tenham participado da cúpula, representantes do setor empresarial americano estiveram bem representados em um evento separado, o Business 20 (B20), que terminou em Joanesburgo na quinta-feira.


Em seu discurso de encerramento, Ramaphosa reiterou: "Precisamos estar sentados à mesa em igualdade de condições... sem intimidação do outro lado."


"No passado, a maioria de nós, no Sul Global, era colonizada; sequer nos era permitido estar presentes. E agora estamos argumentando que gostaríamos de estar presentes", disse Ramaphosa.


A presidente da Câmara de Comércio dos EUA, Suzanne Clark, agradeceu à África do Sul por promover "uma verdadeira colaboração entre as nações do G20 em um momento de rápidas mudanças" durante sua presidência rotativa do grupo, que será exercida pelos Estados Unidos em 2026.


"A Câmara de Comércio dos EUA usará sua liderança no B20 para fomentar a colaboração internacional", disse Clark.


Os Estados Unidos têm importantes interesses comerciais na África do Sul, com mais de 600 empresas americanas operando no país, segundo a embaixada sul-africana em Washington.


Desde que retornou à Casa Branca em janeiro, Trump tem tratado a África do Sul com rigor em diversas questões, notadamente fazendo alegações desmentidas de que africânderes brancos estariam sendo sistematicamente "mortos e massacrados" no país.


Ele expulsou o embaixador sul-africano em março e impôs tarifas comerciais de 30%, as mais altas da África Subsaariana.


ho-jcb/br/ach

 
 
 

Comentários


Newsletter

 Subscreva agora o newsletter do Green Amazon e embarque na nossa viagem de descoberta, conscientização e ação em prol do Planeta

Email enviado com sucesso.

bg-02.webp

Patrocinadores & Colaboradores

Nossos Patrocinadores e Colaboradores desempenham um papel fundamental em tornar possível a realização de projetos inovadores, iniciativas educativas e a promoção da conscientização ambiental. 

LOGO EMBLEMA.png
Logo Jornada ESG.png
Logo-Truman-(Fundo-transparente) (1).png
  • Linkedin de Ana Lucia Cunha Busch, redatora do Green Amazon
  • Instagram GreenAmazon

© 2024 TheGreenAmazon

Política de Privacidade, ImpressumPolítica de Cookies

Desenvolvido por: creisconsultoria

Doar com PayPal
WhatsApp Image 2024-04-18 at 11.35.52.jpeg
IMG_7724.JPG
bottom of page