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A Revolução da IA tem um Problema de Energia. 13/11/2025

  • Foto do escritor: Ana Cunha-Busch
    Ana Cunha-Busch
  • 12 de nov.
  • 4 min de leitura
O fácil acesso à eletricidade representa um grande desafio para a corrida pela supremacia da IA, afirma Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft (Jason Redmond).
O fácil acesso à eletricidade representa um grande desafio para a corrida pela supremacia da IA, afirma Satya Nadella, presidente e CEO da Microsoft (Jason Redmond).

Por AFP - Agence France Presse


A Revolução da IA ​​Tem um Problema de Energia

Por Benjamin Legendre


Na corrida pela supremacia da IA, as gigantes americanas da tecnologia têm o dinheiro e os chips, mas suas ambições esbarraram em um novo obstáculo: a energia elétrica.


"O maior problema que enfrentamos agora não é o excesso de capacidade computacional, mas sim a energia e... a capacidade de concluir os projetos com rapidez suficiente perto de uma fonte de energia", reconheceu Satya Nadella, CEO da Microsoft, em um podcast recente com Sam Altman, chefe da OpenAI.


"Portanto, se você não consegue fazer isso, pode acabar com um monte de chips estocados que não consigo conectar", acrescentou Nadella.


Ecoando a frenética corrida das empresas ponto com na década de 1990 para construir a infraestrutura da internet, as gigantes da tecnologia de hoje estão investindo somas sem precedentes para construir a espinha dorsal de silício da revolução da inteligência artificial.


Google, Microsoft, AWS (Amazon) e Meta (Facebook) estão utilizando suas enormes reservas de caixa para investir cerca de US$ 400 bilhões em 2025 e ainda mais em 2026 — com o apoio, por enquanto, de investidores entusiasmados.


Todo esse capital ajudou a aliviar um gargalo inicial: a aquisição dos milhões de chips necessários para a corrida pela capacidade computacional. As gigantes da tecnologia estão acelerando sua produção interna de processadores, buscando alcançar a líder global Nvidia.


Esses processadores serão instalados nos racks que compõem os enormes data centers — que também consomem quantidades imensas de água para refrigeração.


A construção desses gigantescos centros de dados leva, em média, dois anos nos Estados Unidos; a instalação de novas linhas de transmissão de alta tensão leva de cinco a dez anos.


As empresas de "hiperescala", como são chamadas as principais empresas de tecnologia do Vale do Silício, previram a barreira energética.


Há um ano, a principal fornecedora de energia da Virgínia, a Dominion Energy, já tinha uma carteira de encomendas de data centers de 40 gigawatts — o equivalente à produção de 40 reatores nucleares.


A capacidade que precisa implantar na Virgínia, o maior polo de computação em nuvem do mundo, aumentou para 47 gigawatts, conforme anunciado recentemente pela empresa.


Mas alguns especialistas dizem que as projeções podem estar exageradas.


"Tanto as empresas de serviços públicos quanto as empresas de tecnologia têm incentivos para abraçar a previsão de rápido crescimento do consumo de eletricidade", alertou Jonathan Koomey, renomado especialista da UC Berkeley, em setembro.


Assim como aconteceu com a bolha da internet no final da década de 1990, "muitos data centers que são discutidos, propostos e, em alguns casos, até anunciados, nunca serão construídos".


Se o crescimento projetado se concretizar, poderá criar uma escassez de 45 gigawatts até 2028 — o equivalente ao consumo de 33 milhões de residências americanas, segundo o Morgan Stanley.


Diversas empresas de serviços públicos dos EUA já adiaram o fechamento de usinas a carvão, apesar de o carvão ser a fonte de energia mais poluente para o clima.


E o gás natural, que alimenta 40% dos data centers em todo o mundo, segundo a Agência Internacional de Energia, está experimentando um novo impulso devido à sua rápida implantação.


No estado americano da Geórgia, onde os data centers estão se multiplicando, uma empresa de serviços públicos solicitou autorização para instalar 10 gigawatts de geradores a gás.


Alguns fornecedores, assim como a startup xAI de Elon Musk, correram para comprar turbinas usadas no exterior para aumentar sua capacidade rapidamente. Até mesmo a reciclagem de turbinas de aeronaves, uma antiga solução de nicho, está ganhando força.


"A verdadeira ameaça existencial agora não é o grau de mudança climática. É o fato de que podemos perder a corrida armamentista da IA ​​se não tivermos energia suficiente", argumentou o Secretário do Interior, Doug Burgum, em outubro.


Gigantes da tecnologia estão discretamente minimizando seus compromissos climáticos. O Google, por exemplo, prometeu emissões líquidas zero de carbono até 2030, mas removeu essa promessa de seu site em junho.


Em vez disso, as empresas estão promovendo projetos de longo prazo.


A Amazon está defendendo um renascimento da energia nuclear por meio de Reatores Modulares Pequenos (SMRs), uma tecnologia ainda experimental que seria mais fácil de construir do que reatores convencionais.


O Google planeja reativar um reator em Iowa em 2029. E o governo Trump anunciou, no final de outubro, um investimento de US$ 80 bilhões para iniciar a construção de dez reatores convencionais até 2030.


Empresas de hiperescala também estão investindo pesadamente em energia solar e armazenamento de baterias, principalmente na Califórnia e no Texas.


A operadora da rede elétrica do Texas planeja adicionar aproximadamente 100 gigawatts de capacidade até 2030 somente com essas tecnologias.


Por fim, tanto Elon Musk, por meio de seu programa Starlink, quanto o Google propuseram colocar chips em órbita no espaço, alimentados por energia solar. O Google planeja realizar testes em 2027.


bl/arp/iv/mlm

 
 
 

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