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Tribunal dos Povos condena Estados e empresas por ecogenocídio. 16/11/2025

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    Ana Cunha-Busch
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Photo: © BRUNO PERES/AGÊNCIA BRASIL
Photo: © BRUNO PERES/AGÊNCIA BRASIL

Tribunal dos Povos condena Estados e empresas por ecogenocídio



RAFAEL CARDOSO - ENVIADO ESPECIAL

Publicado em 15/11/2025 - 09:33

Belém


Tribunal dos Povos condena Estados e empresas por ecogenocídio


Sentença na COP30 denuncia violações e exige reparações urgentes.

RAFAEL CARDOSO - ENVIADO ESPECIAL

Publicado em 15/11/2025 - 09:33 AGÊNCIA BRASIL

Belém.


O Tribunal Autônomo e Permanente dos Povos contra o Ecogenocídio, órgão simbólico montado durante a COP30 por movimentos sociais, divulgou uma sentença que condena Estados e grandes empresas por violações sistemáticas contra povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e a natureza.


A decisão, apresentada como um ato político baseado na autoridade ancestral dos povos, afirma que o mundo vive “uma guerra entre modos de vida”: o modelo colonial que expropria corpos e territórios, e o modo ancestral que reconhece a Terra como “viva, diversa, Mãe e digna de respeito”.


A sentença reúne denúncias apresentadas por promotores populares, vítimas, testemunhas e especialistas de diferentes países na estrutura provisória montada na sede do Ministério Público Federal, em Belém, nesta quinta (13) e sexta-feira (14).


Entre os 21 casos julgados estão violações na Amazônia, na Palestina ocupada, em Bangladesh e em territórios camponeses da América Latina e da África. As denúncias incluem destruição de manguezais, dragagem de rios, expansão do agronegócio, projetos de mineração e hidrovias, pulverização aérea de agrotóxicos, desmatamento, grilagem, trabalho escravo e remoções forçadas.


Segundo o Tribunal, as violações não são episódios isolados, mas parte de um projeto político “colonial, racista e patriarcal” que transforma a natureza em patrimônio a ser explorado, favorecendo grandes corporações e setores financeiros. Por isso, o documento condena formalmente os Estados do Brasil, Bangladesh, Chile, Colômbia, Bolívia, Guiné-Bissau e Israel.


Também responsabiliza mais de 800 empresas — entre elas Cargill, Bunge, Amaggi, JBS, Enel, Norte Energia, Minerva e Louis Dreyfus — e instituições financeiras como BNDES, Banco Mundial, Banco do Brasil, Banco da Amazônia, Banco do Nordeste e JPMorgan Chase.


A sentença exige uma série de reparações urgentes, incluindo o reconhecimento dos direitos territoriais, a demarcação imediata de terras indígenas, a garantia do direito à consulta prévia, livre, informada e de boa-fé, a realização de uma reforma agrária ampla e popular e a revogação do Decreto Federal 12.600/2025, que permite a desestatização de hidrovias.


Também pede investigação criminal das violações, localização de desaparecidos, fortalecimento da proteção a defensores de direitos humanos e nulidade de qualquer projeto que afete territórios tradicionais sem consulta.


O documento afirma que as reparações são necessárias para enfrentar “violências que atentam contra a própria Mãe Terra” e ressalta que povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais são guardiões de territórios essenciais à preservação dos ecossistemas.


A sentença é apresentada como um ato simbólico e político que busca inspirar ações futuras. “Esta sentença é mais que decisão: é canto, é tambor, é lamparina acesa na vigília dos povos”, registra o texto.


A decisão foi assinada por um conselho composto por lideranças indígenas, quilombolas, pesquisadores, juristas e defensores dos territórios, entre eles Cacique Ramon Tupinambá, Aiala Colares de Oliveira Couto, Iyalasé Yashodhan Abya Yala Muzunguè CoMPaz, Girolamo Treccani, Itahu Ka’apor, Andréia Macedo Barreto, Marcela Vecchione-Gonçalves, Luiz Felipe de Alencastro, Eliete Paraguassu, Helena de Souza Rocha e Nô Recursos.


Publicado no Agência Brasil

 
 
 

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